Queimadas: veja a média mensal dos quatro últimos presidentes

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Todos os anos as matas brasileiras enfrentam queimadas e incêndios florestais, sobretudo nos meses que encerram o inverno: agosto e setembro. Alguns destes eventos são naturais, outros são antrópicos: produzidos pelo homem de modo intencional (para fins de agricultura) ou não. Este post não irá discutir as causas ou efeitos das queimadas anuais nem atribuí-las a nenhum dos governantes.

Os motivos pelos quais os eventos de fogo em plantações e florestas surgem são multifatoriais (ação antrópica, intensidade da fiscalização, fatores climáticos…) e os efeitos também são complexos podendo ser benéficos à ecologia (algumas plantas dependem de que haja fogo para que cresçam e se reproduzam) ou maléficos, podem ter finalidade agrícola e ser bem controlados ou podem fugir ao controle e incendiar florestas não adaptadas ao fogo.

O fato é que estes focos acontecem, todos os anos, e vêm sendo monitorados desde o final do milênio passado pelo INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS ESPACIAIS.

Através dos dados do INPE podemos saber em qual período houve mais ou menos focos de queimada. Podemos fazer a mesma comparação para biomas específicos ( Pantanal, Amazônia, Cerrado…) ou para estados específicos. Podemos também comparar os dados de outros países da América do Sul.

Neste post iremos considerar apenas os 4 últimos governantes e o número de focos de queimada em todo o território nacional. Como eles passaram tempos diversos no posto ( Luis Inácio passou 8 anos completos no poder, Dilma passou 5 anos e 8 meses, Michel Temer passou 2 anos e 4 meses e Jair Bolsonaro assumiu há 1 anos e 8 meses) então consideraremos a média mensal para proceder a comparação, a partir dos dados do INPE.

Dados de satélite registrados por órgão do MINISTÉRIO DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÕES permite comparar número de focos mês-a-mês dos quatro últimos mandatários da República.

JAIR BOLSONARO

O tema “queimadas” explodiu no interesse popular após a eleição de Bolsonaro. Isto porque houve um aumento em relação ao ano de 2018, no número de focos, embora o número tenha ficado abaixo da média da série histórica.

Campanhas com personalidades internacionais foram realizadas para alertar o mundo sobre o aumento dos incêndios florestais no país. Governantes se negaram a firmar pactos com o Brasil em função dos apelos de ativistas para que o país fosse pressionado a conter as queimadas dos últimos dois anos na Amazônia e no Pantanal. Desconsiderando-se o mês de setembro (que ainda não terminou), a média de focos de queimadas durante os 20 primeiros meses de Bolsonaro foi de 14 438 focos.

Gráfico superior revela a oscilação das queimadas no território brasileiro desde janeiro de 2004. Gráfico inferior revela a variação de interesse quanto ao tema. Embora as queimadas mais severas tenham ocorrido nos anos Lula (antes do losango preto) o interesse no tema explodiu apenas após a posse de Bolsonaro (após losango laranja). Fontes são os dados do INPE (gráfico superior) e do Google Trends (gráfico inferior).



MICHEL TEMER

Temer ficou 2 anos inteiros mais os 4 últimos meses de 2018 no Planalto: nestes 28 meses foram 440 768 focos, resultando numa média de 15 741 focos mensais.

DILMA ROUSSEFF

A governanta ficou no poder por um mandato inteiro e mais 1 ano e 8 meses do segundo mandato: 68 meses no total. Neste período o Brasil somou 970 004 focos de queimada, resultando uma média de 14 264 focos mensais.

LUIS INÁCIO

Lula assumiu o poder em janeiro de 2003 e cumpriu dois mandatos, totalizando 96 meses no poder. Foram 2 413 773 focos de incêndio neste período. Uma média mensal de 25 143 focos de queimada. Até o momento, portanto, Lula foi o presidente durante cujo governo as florestas e campos brasileiros mais se incendiaram. Em segundo lugar ficou Michel Temer, em terceiro Jair Bolsonaro e em último lugar ficou Dilma Rousseff.

Foram também nos anos Lula os 5 piores anos individuais em termos de focos de queimadas: os anos de 2003, 2004, 2005, 2007 e 2010 tiveram mais de 300 mil focos de queimada, cada um.

Curiosamente todos os outros governantes posteriores têm observado índices médios de queimadas semelhantes, na faixa dos 15 mil focos mensais. Apenas os anos de Luis Inácio destoaram, com uma média de 25 mil focos por mês.

FONTES PARA AS INFORMAÇÕES CONTIDAS NESTE POST:

http://queimadas.dgi.inpe.br/queimadas/portal-static/estatisticas_paises

https://trends.google.com.br/trends/explore?date=all&geo=BR&q=queimadas

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